Eras Astrológicas - O que são? Como foram as mais recentes?
As Eras representam ciclos com um espaço de tempo muito mais longo do que com os quais convivemos durante uma vida. As eras geológicas podem durar milhões ou até mesmo bilhões de anos, porém são "catalogadas" e organizadas pelo homem de acordo com critérios também criados por ele. No nosso caso o que nos interessa aqui é falarmos um pouco sobre eras astrológicas. Aqui os critérios seguem o movimento e ciclos do sistema solar.
O movimento cíclico das eras astrológicas é consequência da Precessão dos Equinócios ou Precessão Equinocial, que é o movimento da Terra que "anda para trás" em relação aos signos. Por conta de sua inclinação, a "ponta do eixo norte" da Terra está sempre se "deitando" na direção de uma das 12 regiões referentes aos signos astrológicos no cinturão do zodíaco e a ponta desse eixo da mesma forma aponta para os signos em movimento contrário a ordem dos signos.
Como se calcula o tempo de uma Era?
Levando em conta que o eixo da Terra dá a volta no zodíaco inteiro em aproximadamente 25.794 anos (Grande Ano de Platão), a duração de uma era é de aproximadamente 2150 anos. Não há consenso em relação aos números. Um exemplo é que não raramente encontramos números arredondados, como o Grande Ano de Platão para 26.000 anos, dando para cada era aproximadamente 20 anos a mais.
Como identificar a presença da energia de uma Era hoje e como identificá-las pela história do mundo? Como ficamos submergidos nessa vibração?
Vamos separar alguns fatos relacionados aos períodos das últimas eras (Leão, Câncer, Gêmeos, Touro, Áries e Peixes) como exemplos... (os períodos descritos são variáveis)
Era de Leão (aprox. 10754 a.C. a 8604 a.C.)
Nesse período o homem começou a criar as condições mais básicas para manter sua sobrevivência e começar a se distinguir/retirar da cadeia alimentar com a capacidade de não ser mais a comida de nenhum outro animal. Pelo menos não "oficialmente".
As invenções rudimentares, pinturas rupestres, utensílios e ferramentas distinguiram o homem do seu meio, e assim a Raça Humana aos poucos se destacou do resto do reino animal criando um caminho de "reinado" em relação ao seu meio por conta da evolução da espécie.
Diz-se que Atlântida teria tido seu auge nessa Era. Tendo sido um lugar de conhecimentos avançadíssimos, a deturpação dessas vibrações permitiu que o egocentrismo superasse a generosidade com festas luxuosas e cheias de pompa. A imagem se torna importante.
A submersão de Atlântida marcaria o início de uma era "aquática".
Era de Câncer (aprox. 8604 a.C. a 6454 a.C.)
Esse período é marcado fundamentalmente pela fixação do homem na terra, com a descoberta também de que os cereais poderiam gerar novos cereais. Assim foi criado do cultivo de plantas comestíveis. Trigo e cevada são exemplos.
A Mãe Terra acolheu e nutriu sempre que foi tornada fértil com seu elemento complementar, a água. As rochas vulcânicas tiveram suas rachaduras, falhas e espaços preenchidos com água que foi nutrindo aos poucos a Terra dando a oportunidade da vida ser gerada com total naturalidade.
A fixação do homem na Terra constituiu também a formação dos primeiros lares, contribuindo para o fortalecimento da família. Os idosos assim como as crianças antes eram abandonados, pois não suportavam o ritmo de vida do ser humano adulto. Em "fase produtiva" a sobrevivência dependia do constante movimento nômade e atividades que exigiam esforços físicos, como a caça. Com a fixação das pessoas na terra foram criados os primeiros lares, onde crianças, mulheres e idosos ficavam protegidos e pra onde os homens poderiam voltar levando também alimento para quem não poderia caçar. É um início rudimentar dos cuidados e estrutura familiares que com o tempo se solidificam com laços cada vez mais afetivos entre pessoas das mesmas famílias.
Foi nesse período que se entende que o homem teve que adaptar a sua abordagem na compreensão dos ciclos e a própria sincronicidade de sua vida na Terra de acordo com o movimento dos astros. Fundamentalmente as fases do sol (estações do ano) junto com os ciclos da lua. Ambos regendo marés e épocas em que as plantas produziam com maior ou menor fartura.
Era de Gêmeos (aprox. 6454 a.C. a 4304 a.C.)
A invenção da escrita e a evolução da capacidade de comunicação de forma geral estão no topo da importância dessa era mercuriana, assim como o trato entre os seres humanos.
Aqui o intelecto também dá um salto grande em seu desenvolvimento com a criação do cálculo, entre eles os mais antigos documentos astronômicos e a invenção do Astrolábio.
Os caldeus adquiriram uma capacidade diferenciada de ler os astros e compreender como eram os movimentos e a inter-relação entre eles. A percepção mais apurada dos ciclos aumenta por consequência a capacidade de processar informações observadas. Novos conhecimentos são abertos por diversas frentes.
As primeiras rotas comerciais e suas caravanas no deserto com suas dificuldades mostravam que esse novo rumo de intercâmbio criou a necessidade de se buscar formas de facilitar o movimento de "ir e vir" entre cidades. Com os acessos as viagens facilitadas o intercâmbio cultural também é favorecido.
Um aprendizado só se concretiza quando os diferentes se unem e conseguem trocar e se enriquecer nas diferenças. A busca por uma interação positiva gerou esse "treinamento" que despertou a humanidade para a necessidade e possibilidade de entendimento através da expressão da ideia, por diálogo, escrita ou qualquer outro canal geminiano.
Era de Touro (aprox. 4304 a.C. a 2154 a.C.)
É o período que compreende também os tempos do Antigo Egito. A riqueza e a fartura nunca foram tão marcantes. É a era do ouro e os cuidados com as questões materiais dão o tom desse período.
A necessidade de "possuir algo" se torna mais nítida. A distinção social fica mais forte causando também a consequente efervescência de sentimentos como ambição e/ou apego material. A estabilidade e o culto a matéria estavam presentes até mesmo na hora da morte, quando os corpos eram conservados.
Os prazeres sensoriais também são explorados e a sexualidade é uma forma de aprofundar a experiência sensorial do prazer. A estética e a beleza são valorizadas quanto mais ricas e luxuosas, assim como tudo que estimula de forma prazerosa qualquer dos sentidos físicos.
A ligação com a Terra e seus mistérios desperta a curiosidade humana que move a busca por conhecimentos fundamentais que são alicerces até os dias de hoje em áreas como matemática, física, arquitetura entre outros. Foi nessa era que Quéops foi construída com a sua altura sendo uma escala perfeita na bilionésima parte do periélio (menor distância entre sol e terra) e construída para estar com as faces voltadas para os quatro pontos cardeais.
Entre outros conhecimentos ocultos e herméticos foi nesse período que a astrologia teve seu maior desenvolvimento com a enorme evolução da álgebra e o advento da geometria. A fartura e riqueza se deram com as melhorias da agricultura e pastoreio que surgiram também em consequência ao estudo astrológico que era voltado para que a Terra produzisse cada vez com maior fartura. O culto ao Touro no Oriente Médio reflete a fertilidade da terra, a riqueza e produtividade.
Era de Áries (aprox. 2154 a.C. a 4 a.C)
Um fato marcante nessa era são os avanços na capacidade de forjar o metal, principalmente o ferro com fins militares. Assim o Império Romano se criou lutando muitas vezes contra povos que ainda usavam armas feitas com madeira e ossos, gerando uma desproporcional diferença de forças militares.
Nesse momento os homens eram levados a treinamentos que envolviam preparação física além das técnicas de combate. Longas marchas também eram promovidas para adquirir resistência ao caminhar com quase 30 quilos de equipamentos.
Marte, regente de Áries, é o Deus da guerra que regeu uma era militarizada.
O pioneirismo e a iniciativa corajosa eram normalmente colocados em serviço de alguma conquista ou imposição que dessem ao conquistador o contato com a energia da virilidade e do poder masculino. Pingentes em forma de pênis eram comuns e não havia nenhuma conotação de perversão, mas sim um culto ao instrumento de fecundação e virilidade masculina. Usado como símbolo sagrado era comum haver casas que tinham um pênis esculpido ou objeto fálico pendurado na porta como forma de proteção. A perversão em relação ao pênis veio apenas na era de peixes, com a culpa e a repressão da natureza humana em função dos dogmas religiosos.
Ainda nessa era surgiram as primeiras competições esportivas. As olimpíadas em 776 a.C. onde ficou combinado que aconteceriam a cada quatro anos. Com Roma invadindo a Grécia, as competições perdem seu espírito pacífico e se tornam "palcos de guerra" até que a última olimpíada antes da era moderna aconteceu em 393 a.C. Foram 293 edições de jogos olímpicos.
Era de Peixes (aproximadamente 4 a.C. a 2146 d.C.)
Após um período intenso de guerras o homem trilhou novos rumos, com conotações mais ligadas a sensibilidade, emoções e assuntos que levem o Ser a uma experiência de transcendência. Há sempre nessa era a busca pelas conexões desconhecidas do "eu" com o mundo, o universo e com o conceito de união com um todo através de um impulso natural para a empatia inconsciente.
Os simbólicos pênis da era de áries foram "substituídos" pelo peixe (representando os apóstolos pescadores) como símbolo da era cristã. O personagem mais representativo da era de peixes é sem dúvida Jesus com o recado de amor incondicional, compaixão e compreensão sem limites em relação ao outro. Isso então se mistura com a ainda presente sede de poder, nesse momento menos militarizadas, mas agora com cunho religioso mais sutil e pernicioso. Nessa altura as conquistas estão vinculadas a uma suposta "lei maior". As Leis que a cúpula administrativa da instituição cristã (Santa Sé) dizia que Deus havia feito e lhes comunicado. Monopolizaram os canais de fé sequestrando pra si o direito de expressar "a palavra de Deus". Tudo em função da manutenção desse poder através da manipulação da culpa alheia, como foi feito durante praticamente a era de peixes inteira e vemos hoje em igrejas p$eudo cri$tã$.
Aos poucos, na medida em que a importância do militarismo cede espaço, nada é feito, pensado ou sentido sem a permissão da Santa Sé (de Deus). A institucionalização da culpa e do sacrifício em prol da salvação da alma se tornam instrumentos dessa manipulação pela ilusão sugestiva e coletiva de toda uma massa. A humanidade nessa época precisava apenas "não ver seus maridos e filhos morrendo" em guerras.
A repressão sexual, principalmente contra as mulheres, cria um canal de sublimação que se une com a energia de inspiração e de intuição fartas em peixes para se tornarem matéria-prima em qualquer atividade artística. A proporção da beleza e da complexidade das artes se torna incomparável com qualquer outro momento da humanidade. Os conteúdos emocionais reprimidos eclodem em grandes obras de arte e na própria evolução das técnicas artísticas. Nunca foi tão importante fazer tudo de forma inspirada, emocional e romanticamente idealizada. Compare, por exemplo, uma antiga arquitetura como catedrais góticas com as construções que hoje em dia já atingiram alto grau de padronização, já que nos tempos atuais a prioridade é que se cumpram funções práticas e sociais. Construções com detalhes mais artísticos gastam tempo e recursos que os dias de hoje não disponibilizam.
A interpretação dos sonhos (Freud) e a estruturação do estudo do inconsciente são conceitos que vieram à tona já nesse momento de transição entre eras trazendo também o contato com ideias abstratas e intangíveis que antes não encontravam meios para uma análise mais complexa. A compreensão de que o Ser humano é algo muito maior do que os limites do corpo físico já existia, mas na era de peixes essa consciência se tornou uma convicção irrefutável.
Era de Aquário (2146 d.C. a 4296 d. C.)
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(Em breve textos abordando a atual transição entre eras)